Guerra Irã-EUA e seus aliados

Ao ler o noticiário internacional ou assistir comentários de analistas em Relações Internacionais na Globo News sobre o que ocorre no Irã ou no Oriente Médio, talvez você tenha ficado com mais dúvidas do que anteriormente.

Caro leitor, devo admitir que dúvidas aparecerão pois a região é de fato complexa. Contudo, explicarei algumas alianças entre os Estados na região, de modo que, talvez facilite a compreensão.

Provavelmente você já escutou a frase ” o inimigo do meu inimigo é meu amigo”, correto? E qual a relação da frase com o assunto? Irei explicar nos próximos parágrafos.

Se você acha que os países da região em questão são coniventes uns aos outros, por serem islâmicos, tire agora mesmo isso da sua cabeça, pois não irá entender coisa alguma.

Primeiramente, há subdivisões dentro do Islamismo. E tal fracionamento também ocorre nos países do Oriente Médio. Há países com população majoritariamente xiita e outros países com a vertente sunita como majoritária.

A população do Irã, por exemplo, é de maioria xiita. Já a Arábia Saudita é de maioria sunita. Outro fato importante a saber, é que a Arábia Saudita e o Irã não se entendem. Recentemente, o príncipe da Arábia Saudita disse que o ”líder supremo do Irã é pior do que Hitler”.

Lembra da frase ”o inimigo no meu inimigo é meu amigo”? Utilize-a para compreender a relação entre Israel e Arábia Saudita. Dado que a Arábia Saudita e Israel possuem um inimigo em comum – Irã – preferiram estabelecer uma relação mais amistosa, e que, diga-se de passagem, são aliados dos EUA.

As relações entre Irã e Israel são bem conturbadas. A rivalidade se intensificou desde a revolução iraniana, e ainda coloca em questão o Estado de Israel e a controvérsia religiosa.

Em contrapartida, o Irã, desde a revolução ocorrida em 1979, procurou exportar sua revolução e capacitar grupos xiitas no Oriente Médio – o Hezbollah, os Houthis e as milícias iraquianas são alguns exemplos.

Destarte, para entender a região, não basta achar que por serem muçulmanos, todos os Estados são correligionários. Tenha em mente que cada país possui sua própria história, interesse e estratégia.

Assim, caro leitor, espero tê-lo ajudado a compreender uma questão simples mas fundamental para entender a região, que geralmente não é elucidada em jornais. Posto isto, termina aqui meu primeiro texto para o blog.

Publicado por Marcelo Henrique Oliveira Silva

Graduado em Relações Internacionais pela Newton Paiva - BH & atualmente cursa Direito pela Unifipmoc. Natural de Montes Claros - MG.

2 comentários em “Guerra Irã-EUA e seus aliados

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